domingo, 24 de janeiro de 2010

PECULIAR

Outro dia, despretensiosamente, li um pequeno pedacinho de um texto, “mais pequeno”, que um pequeno dicionário amoroso, nessa contemporaneidade de novas mídias que eu nem conheço bem, acho que tratava-se de uma “tweetada” romântica contendo palavras de desejo. Desejo de que todos tivessem algo para amar, e que esse algo (ou alguém_ grifo nosso) para amar fosse possível ser amado profundamente.

Falava de um tipo de sentimento que parte do âmago dos seres amorosos e não de qualquer coisa superficial, como os frutos das influências oriundas de alguma propaganda bem bolada por um publicitário. Daí eu não saberia dizer o porquê pensei naquelas situações em que se tem algo ou alguém para amar do jeito que se ama o pão de queijo da padaria do seu Manoel, casos em que as propagandas sobre o pão de queijo da padaria do outro lado da cidade não partem de mestres da publicidade e nem de comerciais fantásticos, só partem do que se sente particularmente ao comê-los assim como são particulares os sentimentos únicos de quem ama alguém (ou alguém coisa).

Talvez seja por isso que alguns pensadores dizem que todo encontro é único em si mesmo, como diz o famoso ditado, “cada um com seu cada qual”, e que esses encontros únicos, mediante uma vida de longos caminhos e percalços, sejam desastrosos, eventuais, furtivos, engraçados ou ao acaso, mas que sejam sempre maravilhosos e especiais.

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