sábado, 28 de novembro de 2009

Da série: Design Romântico!


Campanha do Dia dos namorados 2007
da loja SEMPREPRESENTE
Rio Branco-Acre.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mais uma de amor...

Ou: grandes verdades sobre o amor
Quantas vezes se pode amar numa única vida? É certo que nos apaixonamos infinitas vezes e, várias outras vezes, acreditamos fielmente amar alguém com toda nossa força. Acreditamos ainda, que esse amor durará por toda nossa existência, com a mais absoluta certeza. E assim, amamos e desamamos tão rotineiramente: as paixões surgem e desaparecem a cada dia, pessoas vem, pessoas vão, pessoas se transformam… E a cada vez que amamos, acreditamos que estar amando como nunca, e o novo amor sempre vai ser um amor diferente, um amor maior, mais verdadeiro e com todas as outras classificações tolas que um ser apaixonado inventa...

Mas, pobre daqueles que não acreditam no amor. Estes, nunca conhecerão o paraíso para qual o amor nos leva, afinal, para se amar e se entregar ao amor, é preciso, antes de tudo, acreditar, até perceber que nada, absolutamente nada, faz sentindo sem ter o amor por perto, ou sem saber onde colocar sua fonte de alegrias, força e fé. O amor existe e sempre vai existir em todos os lugares e tempos, e vai resistir, inclusive – embora com muita dor – à distancia de um oceano inteiro.

Eu não ousaria dizer o que é um amor de verdade ou, muito menos, medir intensidades. Mas eu diria que conseguir se desfazer de todas as máscaras e escudos construídos por amores e desamores antigos, perdidos e desperdiçados, já é um bom começo para um novo – realmente novo – e absoluto amor. O amor que eu falo é aquele onde é permitido crescer, errar, aprender, ensinar e desaprender junto. Se existe um paraíso neste mundo, certamente, é o colo do seu amor. Aquele amor que faz chorar simplesmente por um abraço não dado, e que faz de tudo para deixar qualquer desentendimento para a segunda-feira, afinal, o fim de semana tem que ser só de amor, nada de briguinhas na sexta, sabado ou domingo, ok?

O amor nos torna uma pessoa melhor, e saber curtir a vida é sinônimo de saber amar; saber viver é saber fazer o seu amor a pessoa mais feliz do mundo, oferecendo respeito, carinho, confiança, alegria e até declarações num blog como esse. Afinal, se este blog é mesmo a confraria dos últimos românticos, que me seja então permitido enviar (bem de longe) os parabéns ao meu amor, e agradecer pelos dois anos de muito aprendizado sobre vida, mundo, estrelas, doces, música, cinema, poesia, cores... e sobre tantas outras maravilhas que o universo tem a nos oferecer, maravilhas estas, que se tornam mais radiantes quando compartilhadas com um parceiro de verdade. Amor, parabéns por estes dois anos!


Do que não vivi


Nunca será hoje, amanhã talvez quem sabe

Nunca será verso, poema, canção, mensagem

Nunca será vago, magia, torpor, miragem

Nunca revela o dia, o sonho, paisagem invade

Que de nunca se fez tão longe

Me perder em pensamentos

E ainda que sem coragem

Trazer-te um pouco pra perto

Já que nunca será tarde

Invade amor covarde.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dicionário da mulher – Verbete: Coragem feminina

Mulher, mulher
Na escola em que você foi ensinada
Jamais tirei um dez
Sou forte mas não chego aos seus pés
Erasmo Carlos

Assim como meus colegas de espaço, Regis e Ulisses, venho a cá neste blog rascunhar preciosas linhas com quem realmente merece: as mulheres. Através da croniqueta de hoje, pretendo outra vez fazer o papel de pôr alguns pingos nos “i”s neste embate da guerra dos sexos. E escrevo me dirigindo principalmente para os barbixas que volta e meia estão de passagem pela Confraria dos Últimos Românticos – o lugar onde é sabido que mulher é tratada como dever ser: com reverência.

Entre aqueles que sabem pelo menos uma migalha da vida, é consenso que não por acaso “coragem” é um substantivo que bate o pé e faz questão de ser feminino. Assumindo a veracidade dessa máxima, caro colega de macheza, você nada mais faz do que reconhecer uma das verdades mais indiscutíveis.

Fico com uma puta vergonha quando me vem um filisteu citando o causo do livro de Gênesis, onde Adão cedeu uma costela para que Deus criasse Eva com tom de cobrança. Amigo, deixe de bestagem! Para tal benfeitoria, o primeiro hombre praticamente não pagou necas de pitibiriba. Uma pechincha divina. Não use mais esse argumento, por favor.

No ramo da lei da natureza, o ato de entregar seu corpo em prol da vida durante nove meses, para no final o novo ser ainda chegar carregando uma dor dos infernos. Não sei vocês, que se dizem os senhores da resistência, mas parir é algo celestial. Quero valer como nenhum fisiculturista, daquele afeito a levantar ferros e passar óleo no quengo, se agüentaria esse repuxo. Isso sem contar que mãe e mãe, e não se fala mais nisso.

Quando o assunto é amor, aí sim é que pegamos um baile. Pode até pairar pelos pensamentos algo como “me apaixonei, tô fudida!”, mas nem por isso ela se priva da entrega no relacionamento. Já nós, varões, trocamos os pés pelas mãos e fazemos dos momentos mais sublimes algo sacana, covarde, imbecil.

Se formos comprometidos, mentimos. Só depois dela se entregar sem freios é que contamos sobre a existência de uma mulher que cuida de nossos filhos enquanto nos espera. Temos medo, mas isso não nos absorve da acusação de canalhismo.

Lembro de um caso bobo, mas que prova por a mais b o que tenho dito. Certa vez, estava como toda quarta-feira no Bar do Papagaio acompanhando algum duelo futebolístico. Eis que, naquele reduto de macheza, uma mulher, cheia de si passou. Como era de se esperar, alguns bastardos inglórios (créditos ao Tarantino) assoviavam como se aquilo fosse postura correta. Ela nem ligou. Passou, deu o beijo no seu namorado e voltou. Entretanto, já perdi as contas dos homens que já vi amarelarem para qualquer reunião de chá de alguma coisa. Não por tédio, mas medo mesmo.

É por isso que saúdo a coragem feminina. Freud falava da inveja do pênis. O que poucos sabem e o pai da psicanálise não admitia é que podia até ter um falo, mas nunca teria tamanha coragem.

Um apelo à Hollywood


Um ano se passou e muitos foram os desencontros, mas durante esse tempo algo parecia não estagnar. Ele chegou atrasado, inquieto, sem frases prontas e parecia inseguro, como se tivesse 12 anos ao encontro do primeiro amor. Ela estava exuberante, com um sorriso arrebatador de grandes lotes desse latifúndio amoroso.

Esperaram pacientemente à fila quilométrica, riram das peças que à vida os pregara, falaram dos filmes por assistir, do dia quente que migrava para a noite, das interpretações alheias (com o alheio ao lado). Por fim, sentaram na terceira fila do pequeno cinema d’Ávila.

O tempo havia levado a sincronia de intenções e já não se sabia o motivo do encontro, mas àquela altura isso não importava. Estavam juntos, de mãos dadas e sem clareza alguma do futuro.

As luzes se apagam, as cenas começam, uma explosão de informações, sons e imagens especiais fixam os olhares de todos na grande tela. O filme rouba a cena do casal desconhecido, a pipoca e o refrigerante são deixados de lado e os assuntos pendentes são engolidos pela enorme cratera do receio.

Receio esse, que tem cura. Sugerimos a Hollywood que ao invés do fracasso da classificação indicativa, adote imediatamente a Classificação de Intenções nos seus clássicos da sétima arte.

Classificações como: IPAC – Indicado para os Amantes do Cinema ou IPA – Indicado para Amigos, e claro, o IPE – Indicado para Primeiro Encontro, esse em especial deve colecionar aqueles filmes que após uma cena de cortar o coração (geralmente comédia romântica), usam uma tela escura, com uma pausa musical de uns 5 segundos, criando o ambiente ideal para aquele beijo primogênito. Temos absoluta certeza que Hollywood adotará à medida, afinal de contas, o que seria do cinema sem os amantes?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Olhar

Sempre fui fascinado por olhos, principalmente os de cores sortidas (verdes, azuis, cinzas, castanhos claros, “engateados”, etc). Sobre isso faço uma confissão: Quando criança fiz uma simpatia que me dava direito a três desejos e um deles era mudar a cor dos olhos, bem, nessa época provavelmente eu não entendia bem os meus desejos e desperdicei os três pedidos de direito.

O tempo passou (e como passou) e continuo com estes modestos olhos castanhos escuros, rodeados por cílios compridos e portadores da visão de alguns pôres do Sol. As perspectivas também mudaram com a ajuda do tempo, e considero que este elemento da vida pode nos ajudar a entender que mais importante que a cor dos olhos é o olhar.

São os olhares que atravessam as almas, “transmitem” pensamentos, falam mais do que horas de prosa, unem pessoas, trazem luz a sentimentos, expressam desejos e se eu fosse mesmo um bom escriba arriscaria enumerar e quem sabe até catalogar algumas espécies de olhares.

Há especialmente um tipo, que não sei se sei fazer ou mesmo se o faço, se faço, o faço sem querer, mas sei que sei reconhecer gostaria de lhe dar uma denominação a altura. É aquele acompanhado de um meio sorriso sincero, onde as palavras desejadas e desejantes são pronunciadas mais com os olhos do que com os lábios. Disso, queria nomear o olhar, porque o afeto já aprendi.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cangaceiro do Amor

Tal qual roedor de laboratório descobre como agir para se agraciar com comidas e escapar das descargas elétricas, muitos espécimes do gênero masculino aprenderam na marra os inglórios e desfortúnios que se passam no processo de graduação em relacionamentos afetivos no decorrer da vida. Somos ingênuos e crentes naqueles sorrisos moleques e despretensiosos (pelo menos, por fora) das moçoilas airosas cúmplices de nossos primitivos esfrega-esfregas. Normalmente, são mais experientes que nós e isso dá uma considerável vantagem no lide com a arte de Afrodite. E cá estamos, pobres bezerros desmamados esfomeados por um teco de atenção ou de um “Você é o homem que sempre procurei!”.

E aí vem o primeiro inferno de Dante do coração juvenil: ela apenas brincava con usted. Muitas vezes, o desagregamento se dá com a pior das formas, com a nossa Julieta se arretando pra algum João, Alberto, Robson ou Chico da oficina, na frente de nós, seu Romeu. A culpa não é total dela. Pelo contrário, que culpa tem se provocou tal sentimento no jovem rapaz? Não, não... Em casos assim, como diz o árbitro, a regra é clara: o crime é sem bandida. Mas nem por isso, as conseqüências deixam de ser irreversíveis.

Nasce aí o ser mais indesejável pelas mulheres, não só deste mundo, mas crê este humilde escritor, do Universo (sim, porque algo bom como um rabo de saia não deve ser exclusividade de um planetinha pequenino com a Terra). Surge a figura do “Cangaceiro do Amor”. “Whatta hell is it?!”, questiona ao mesmo tempo em que exclama embasbacada a senhora inglesa sentada na 4ª cadeira, 8ª fila. Eu explico, minha dama.

Aquele rapazote franzino e de pensamentos puros, como num encanto de bruxa, torna-se o Don Juan da cafajestice. Para ele, mais considerável que o amor para toda vida são as estatísticas de arretos com as mais variadas donzelas, sem dar-se ao luxo de se entregar do vera. Carícias e intimidades com mulheres vêm sem ao menos a informação básica como o nome da companheira. Este cangaceiro do amor sai pelas terras secas dos sentimentos saqueando esperanças e entregas de benévolas moças. É o samba do crioulo doido afim de coisar!

Canalha, Galinha, Mau-Caráter, Duas Caras, Hipócrita e por aí vai de insultos, agora nomeiam os podres diabos que, antes da metamorfose e de saírem de sua crisálida, eram sujeitos cheio das boas intenções. É comum que as mulheres vejam esta figura joguem pedras como se fossem Marias Madalenas do século XXI, mesmo com o intrínseco desejo de mudar a natureza deste fariseu. Eu te arrenego, injustiça!

Não quero aqui rogar pelos pecados deles. As lágrimas de qualquer donzela em sofrimento, só superada com horas de películas românticas e quilos de chocolates, condenam qualquer cabra que se diz macho, não fazendo jus ao perdão presidencial. Venho a cá, apenas explicar como se dá o seu processo de maturação. Afinal de contas, neste cangaço dos encontros e desencontros amorosos o que vale é a antiga lei da selva onde o mais forte sobrevive. Ou não?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Friends!


Nada mais romântico e raro do que a amizade entre homem e mulher. Há quem afirme que isso não existe e que tudo não passa de mero interesse, sejam eles quais forem. Nós acreditamos. Temos algumas, inclusive, que são uma espécie de oráculo nas nossas vidas. Elas sempre acertam nossas indagações sobre o futuro, o que de certa maneira nos constrange, pois erramos sempre.

As amigas que bebem têm um Q de especial, pra começar elas possuem um antídoto anti-bafo-de-cerveja que a NASA estuda nesse momento, e nos atura com toda a classe possível quando tentamos confundi-las com metáforas futebolísticas, ou falamos de maneira inadequada para menores de 18 anos. É o que chamam de “papo de homem” e elas tiram de letra.

As amigas CDF são capazes de descrever suas ultimas dez parciais de nota da faculdade, organizar suas apostilas em ordem alfabética e ainda ligarem avisando do seu compromisso com o grupo, claro, sempre cobrando o “alto” custo da coca-cola gelada.
As amigas desbocadas são um caso à parte. Elas batem sucessivos recordes de PPS (palavrão por segundo), e nos tratam com a delicadeza de um general da elite do exército espartano, só mesmo a amizade para nos fazer conhecer o seu verdadeiro coração de manteiga.

Bom, mas como um romance não nasce de inimigos, há sempre o espaço para a amizade colorida, que nada mais é do que uma sacudida do cupido mais safado. A pintura Suvinil acontece por acaso, às vezes numa leitura de blog como esse, ou num ombro dado àquela fossa interminável. É justamente essa amizade a responsável pelo dito: “não existe amizade entre homem e mulher”. Uma bobagem.

Haikai do homem infiel

Mujer, usted puedes hacer tudo
mas um pedido eu te faço
Na nuca: marcas, nunca!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

In Finito

In Finito
-
Tinham a voz embargada
Um choro contido talvez
Era o último olhar que trocariam
No nada
Era a última vez.
-
As mãos se encontraram sobre a mesa
Disfarces
Separações
Mãos na defesa.
-
Gelaram.
-
Como dizer adeus
Esse era o ponto
O real motivo
Do encontro.
Sob os céus
Taciturnos
Os habitantes
Noturnos
Passavam
E o silêncio
Era denso
E a lágrima
Inevitável.
-
Suores
Tremura
Último olhar
De candura
Era pra ser
Eterno
Ela de verde
Ele de terno
Última sensação
De paz
Completos
Por pouco tempo
A mais.
-
O sino da igreja
Badalou.
Era tarde demais
Era a hora do show
Que não permite
Que não espera
Que não se compadece
O tempo - fera
Que devora a tudo
Que não lhe obedece.
-
Apenas os olhos falavam
E quantas palavras
Cheias de dor
Proferiam
Nada mais
A dizer
As mãos se tocaram pela última vez
Os olhos se fitaram
No derradeiro segundo
E um singelo ósculo
Não mais que isso
Um leve toque de lábios
Que não permite
Participação alguma
Além da sensação
De finito
Definitivo
Na lembrança eterna
E terna
Um gosto que não poderá
Ser desfeito
Nem o tempo irá desmanchar
Esteja onde estiver
Em qualquer lugar
Sempre um sino irá
Badalar
Trazendo à memória
Aquele momento
Aquela história
Ainda presente.
-
Foi a última vez que os meus olhos o alcançaram
Totalmente.
-
Thaís Carvalho

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O deixar

Estava a quase 100 km/h, era uma noite extremamente gostosa, fria. Tentava não fechar os olhos com vento que batia no meu rosto ao colocar a cabeça rapidamente para fora do carro. A música estava alta, o som abraçava cada pedacinho daquele automóvel e caminhava pela minha mente despertando sentimentos adormecidos.


Minha vontade era ir para um lugar longe, distante de tudo, queria ficar sozinho ouvindo aquela musica triste. Estava deprimido, queria pegar aquele carro e voar para longe das minhas lembranças, fugir de mim mesmo.


Queria contemplar aquela escuridão infinita da noite e esquecer as tempestades que varreram todos os alicerces da minha emoção. Aquela rua era asfaltada de lembranças que brincavam em cada curva comigo.


Parei em lugar nenhum, senti as gotas caçoarem em seu pequeno trajeto rumo ao chão. Aquela chuva era diferente, ela não regava, não produzia vida, ao contrário, estava esvaziando uma grande parcela dela. Os soluços tornaram grandes trovões que ecoavam no vazio em meu peito.


Provei o gosto amargo de cada migalha contida no âmago das minhas lembranças, mastiguei e cuspi fora tudo aquilo que me fazia querer desistir, era ladrões ensinados por mim mesmo a apanhar a minha alegria.


Lembrei que quando estou fraco então sou forte, pois a fraqueza desperta diante da humilhação pessoal e espiritual a regeneração. Olhei para todos aqueles fantasmas que a pouco possuíam meu corpo e absorvi a primeira remessa de vida nova. Não importava agora se eu estava em lugar nenhum, a estrada que me levou até ali, agora nunca mais seria usada.


Tratado Geral do Ciumete – Parte I


Quando Deus criou o amor, virou pro diabo e disse: - Faça melhor, que eu duvido. Foi aí que, movido pelo sentimento de vingança que o Coisa Ruim resolveu criar, só para fulerar, o ciúme. A partir dessa arenga celestial, nos vimos reféns dessa hidra mitológica. E não tem jeito. Já ouvi de várias bocas que “Isso é coisa que eu não tenho” ou “É um mal exclusivo de gente insegura”. Olhe lá que não é, viu...

Apesar de todos aqueles que vivem abaixo desse céu azul serem vítimas em potencial do sentimento de posse hiperbólica, nada justifica algumas das burradas e trapalhadas que fazemos por essa razão. Mas mesmo assim os juristas, ô raça mancomunada com o idealizador do ciúme, resolveram arrumar a desculpa esfarrapada do crime passional. Cornos free! Que me desculpem os galhudos, mas pra mim essa desculpa não cola.

Mas há aqueles que defendem a existência dos ciúmes saudáveis, assim como o colesterol do bem. São os advogados da teoria que uma colher de chá de ciumete aliada a uma dose boa de bom senso, apimenta na medida certa qualquer bem-me-quer dessa vida. E faz melhorias na hora do entrave sexual. É, acho que dou a mão à palmatória para estes. Não tem como negar que aquele beslicão na coxa desferido pela sua parceira após passar alguma mulher monumental dói absurdos no corpo, mas até que é gostosin pra alma...

Foto enviada pela Larissa Castro, ou @eugostodeuva no Twitter. ¡Gracias, mujer!

FRÁGIL, FRACO?!


Existe uma questão digna de fazer perder algumas noites de sono, embora eu ainda não tenha conhecido ninguém que tenha deixado de fechar olhos por causa disso. Ela é suscitada pela clássica frase que considera a mulher, o “sexo frágil”.

Mas como assim?! E todas aquelas tramas “Machadianas” como a de Dom Casmurro evidenciando um conflito entre melhores amigos, as filhas “roubadas” nos seringais, pais conservadores que escolheram a morte para proteger, sobretudo as mulheres da casa, as declarações freudianas de que a mulher provoca o homem à repetição (que poder hein!) a grande Mãe Terra representada pelo gênero feminino e milhares de outros fatos, casos e acasos que poderíamos gravar aqui e esgotar os caracteres deste post.

Podemos nos perguntar “que mulher é essa que nos faz perguntarmos a nós mesmos: “O que é ser Homem?”. Ahhhhh! mulheres maravilhosas deste Brasil nem tão varonil assim, perdoem nós homenzinhos!!! A mulher é o SEXO FORTE!

Obs: O autor da imagem é Boris Valejjo (sul americano que desenhou algumas capas da revista Conan O Bárbaro).

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

She

O cabelo molhado, a pele hidratada e suave, o biquinho sem propósito, o encostar-se ao peito, o sorriso gratuito, as conversas divertidas, a ligação inesperada, o almoço pretensioso, eis a criatura perfeita, a saber: A mulher.

Admitimos, somos “mulherengos”, mas não no sentido pejorativo da palavra, daqueles que tem um “rolo” em cada bairro, a questão é que são muitos os detalhes artísticos da criatura que teve um protótipo (o homem) antes de sua criação, e somos grandes admiradores das belas artes.

O design arrojado não permite comparações, seus cheiros foram produzidos nos mais misteriosos laboratórios do submundo dos jardins suspensos do Édem. Somos incapazes de compreender tamanha complexidade, mas a gente até que se esforça.

A gente se esforça mandando flores ou depoimentos no orkut, com umas até dá certo, já outras nos chamam de piegas. A gente se esforça tentando parecer inteligente, falamos de filosofia e coisas do gênero, às vezes pouco adianta, afinal, elas têm o domínio de qualquer situação.

Somos fãs de mulher e, exceto daquelas com erro no cromossomo 44, fazemos tudo por elas, até inventamos elogios moderninhos como esse de um revendedor de automóveis, “Se essa fosse um carro, com certeza era um corolla.”

Mas há sempre a obra de arte da qual não admitimos comparações, que ficamos bestializados olhando intactos para seus caprichos e poetizando seus aromas. E essa figura iluminada passa a ofuscar todas as outras na galeria dos belos romances. E a essa dedicamos este post.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Falando de amor...


É mais um papo mulher para mulher, mas não é restrito somente a elas. Você, homem, também poderá sentar e escutar o que tenho a falar. Ok. Vamos começar.

Desde criança, nós meninas somos induzidas a sonhar com o príncipe encantado. Aquele que abre a porta e nos espera passar primeiro, que puxa a cadeira para podermos sentarmos e que nos mande flores. O cara dos sonhos tem que ser alto, ter olhos azuis, loiro, um corpo bem feito, que faça todas as nossas vontades e que aceite nossas ideias sem contestá-las. É como se montássemos um quebra-cabeça de acordo com nossos gostos. Peças perfeitas se encaixam em uma imagem perfeita. Engraçado que nós mulheres, nunca pensamos em um homem feio (vale ressaltar que o conceito de beleza é relativo), mas que seja gentil, educado e inteligente. Sempre achamos que podemos encontrar tais características no maior e mais bonito frasco. Oi, ilusão! O mundo desaba quando vemos que as coisas não funcionam bem dessa forma.

Apaixonamo-nos pelo concreto, o que se pode enxergar e tocar, mas amamos o abstrato, aquela coisa chamada personalidade, que define a essência pessoal de cada um. Não adianta idealizarmos e muito menos montarmos o caráter de quem queremos amar. O amor é mestre na arte de pregar peças em nossos destinos. Ele não existe para cumprir nossas exigências e caprichos. Simplesmente nos ensina a ver além do que nossos olhos podem mostrar.

Não adianta procurar, tentar, forçar ou escolher alguém que tenha os critérios que tanto idealizamos. Às vezes, o príncipe encantado está dentro de qualquer pessoa, alí guardado, esperando que alguém o encontre e não do lado fora, como muitas acreditam. Amor não é escolha, apenas acontece. Não se imagina, se encara. Para ele não importa beleza, classe social e distância. Caminha junto com a razão. E se não caminhar, é porque não é amor. É apenas paixão.

domingo, 8 de novembro de 2009

Uma história que deu certo*

Por: Juliana Lofego**


"Quem um dia ira dizer que existe razão
nas coisas feitas pelo coração.
E quem ira dizer que não existe razão?"
Renato Russo- Legião Urbana


Eduardo e Mônica se conheceram na Olimpíada Universitária de Minas Gerais, em setembro de 1973. Mônica participava da equipe da Universidade Federal de Viçosa, onde cursava Matemática. Quando assistia a um dos jogos da competição recebeu uma carta de seu namorado, que morava em Uruguaiana (RS). Leu, saiu do estádio, comentou com as amigas e, antes de voltar para ver o jogo, comprou pipoca. Eduardo se aproximou, pediu pipoca e conseguiu. O namorado virou "ex" e Eduardo conquistou o coração de Mônica. Começaram a namorar.

Eduardo tinha 25 anos, estava no último ano de Odontologia e morava em Belo Horizonte. Mônica, com 19, ainda estava no início do seu curso e morava com os pais em Viçosa. O namoro logo virou noivado e a pressa na decisão de datas para o casamento não agradou a família da noiva. Os pais de Mônica queriam vê-la formada e as negociações foram atrapalhadas pelo "pavio curto" de Eduardo. Fim de namoro. Mônica não quis arranjar briga com a família. Os dois não se viram mais.
Eduardo mudou-se para Brasília, casou e teve três filhos. Mônica terminou o curso, casou, teve dois filhos, morou em Santos, Ouro Preto, Belo Horizonte e voltou para Viçosa.

Em 1988, Mônica recebeu um telefonema do irmão de Eduardo, que conseguiu o telefone ligando para sua antiga casa. Ele se identificou para a mãe de Mônica como sendo um amigo de BH e recebeu a ficha completa. Na ligação, ele disse que Eduardo estava impressionado com um sonho que tinha tido com ela, que lhe parecera muito real. Ao perguntar da data do sonho, Mônica se assustou: "Na quinta-feira? Foi no dia em que me separei do meu marido!" Ela pegou o telefone de Eduardo em Brasília e ligou. Eles continuaram se falando e se correspondendo. Eduardo estava também separado de sua esposa e morando sozinho.

Alguns meses depois Mônica precisou ir a Belo Horizonte e Eduardo decidiu ir também. Depois de 14 anos sem se verem, os dois se encontraram num bar e, para surpresa de Mônica, ele levou uma pasta repleta de correspondências, fotos, poesias e recordações do tempo de noivado. Reataram o namoro e se viam sempre que podiam. Durante este tempo, Eduardo montou uma segunda pasta de recordações, com outras tantas cartas e fotos, e incluiu algumas contas de telefone (Viçosa, Viçosa, Viçosa) com uma media de três paginas, constando ligações de até quatro horas de duração.

Mônica mudou-se para Brasília em 1989 e foi morar com Eduardo. Hoje, a família está um pouco mais crescida. Dois dos três filhos de Eduardo estão morando com eles (com idades entre 13 e 18 anos), que com os dois de Mônica somam quatro (com 13 e 14 anos). E eles tiveram mais dois filhos depois do casamento, atualmente um está com um ano e oito meses e o outro com 3 meses. Para completar o conto de fadas: eles estão juntos e felizes para sempre.

*Esta matéria foi publicada em junho de 1994 no suplemento de dia dos namorados do Campus, jornal laboratório do curso de Comunicação Social / Jornalismo da Universidade de Brasília. O texto atual sofreu uma pequena edição. Como esta é uma história real, os nomes foram mudados a pedido dos protagonistas para preservar a intimidade da família.
** Juliana Lofego é Professora do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFAC

sábado, 7 de novembro de 2009

Estação


Chegou, sentou-se ao meu lado, indagou as horas. Parecia tarde, mas ainda era cedo. Calou-se. Depois, inquieto no silêncio, puxou assunto. Eu, a contragosto, respondi pouca coisa. Desde pequena aprendi a não falar com estranhos. Mas, depois de alguns minutos, já não me parecia tão estranho assim.


Resolvi perguntar seu destino. Confesso que, tentando lembrar agora, acho que nem entendi muito bem pra onde ele estava indo. Só sabia que ele estava ali, e isso já fazia todo o sentido. Horas se passavam, conversas infindas, e o trem não chegava... Esperara tanto, mas naquele momento o que eu menos queria era partir. Trocamos endereços, telefones, e-mails... acabávamos de nos tornar amigos de infância! Tantas coisas em comum... rimos juntos de pensar que parecíamos personagens de um filme. Protagonistas, pra ser mais exato.


Contou-me um resumo de sua vida, perguntou da minha. Mais coincidências! Quem quer que fosse, vendo-nos assim juntos rindo da vida, concluiria que nos conhecíamos há muito tempo. Era só química? Não sei. Nossas conversas giraram ainda pela geografia, matemática, música, literatura...


O tempo (nosso algoz!) tratou de passar rápido. Foi quando me surpreendi com ele me dizendo que não queria mais partir. Havia mudado o plano. Era possível adiar um pouco mais. Estava tão bom ali na estação. Sorri. Mas sabia que em breve o meu trem chegaria e tive dúvidas do que eu deveria fazer. E tive certeza que não era só mais um encontro. Éramos muito bons juntos. E, do nada, isso parecia nos bastar.


Entretanto, como todo filme tem um final, feliz ou não, o trem dele chegou antes que o meu. Ele, encabulado, disse que pensando bem era melhor partir aquela hora. E eu concordei meneando a cabeça, e sorrindo amarelo. - Eu te ligo! - Não, eu disse, deixa que eu te ligo... Deixa que eu te ligo...


Deixa... e foi assim, deixando-me, esse estranho conhecido, que eu percebi que o meu trem ainda demoraria muito pra chegar. Percebi que ele não ligaria, eu muito menos. E ainda estou aqui, aguardando o próximo trem. O verão passou, o outono também, o inverno chegou... e espero, ansiosa, que as flores se abram logo, e me tragam o colorido que sumiu!



Thaís Carvalho.
(uma genial amizade de Cuiabá -MT) =)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Da Série: Duas músicas, uma mensagem

Os Barcos – Legião Urbana

Você diz que tudo terminou
Você não quer mais o meu querer
Estamos medindo forças desiguais
Qualquer um pode ver
Que só terminou pra você

São só palavras teço, ensaio e cena
A cada ato enceno a diferença
Do que é amor ficou o seu retrato
A peça que interpreto, um improviso insensato
Essa saudade eu sei de cor

Sei o caminho dos barcos
E há muito estou alheio e quem me entende
Recebe o resto exato e tão pequeno
É dor, se há, tentava, já não tento
E ao transformar em dor o que é vaidade
E ao ter amor, se este é só orgulho

Eu faço da mentira, liberdade
E de qualquer quintal, faço cidade
E insisto que é virtude o que é entulho
Baldio é o meu terreno e meu alarde
Eu vejo você se apaixonando outra vez

Eu fico com a saudade e você com outro alguém
E você diz que tudo terminou
Mas qualquer um pode ver
Só terminou pra você

_________________________________

Vida Vazia – Bruno e Marrone

Depois que você foi embora
A solidão entrou, trancou a porta
E não me deixa mais...
Eu já tentei sair, tentei fugir, não consegui

Eu já não tenho paz...
Até o meu sorriso é tão sem graça
Não há nada que desfaça
Essa tristeza em meu olhar...
O que é que eu vou fazer prá te esquecer?
O que é que eu vou fazer prá não sofrer?

O que é que eu faço prá você voltar prá minha vida?
Vida vazia, saudade sua, dia nublado, vento gelado
Noite sem lua
Vida Vazia de sentimento
Noite sem sono
No abandono eu não aguento...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um post romântico...



Você conversa com alguém todos os dias, mas nunca tem contato físico e nem visual. Conversam por msn e às vezes por celular. Aprende a gostar dele. Papos descontraídos rolam até o ponto alto da madrugada. Ele te acalma e faz cada pedaço de seu ser sorrir. Incrível!

Faz pouco tempo que o destino os apresentou, mas é como se vocês se conhecessem desde muito tempo. A distância tinha tudo para ser o maior problema entre os dois, mas isso não ocorreu. Os quilômetros parecem diminuir cada vez que se falam. Você sente a ausência dele e passa até a se preocupar. Começa a perguntar como foi o dia e o que andou fazendo de interessante, não por delicadeza, mas sim por se importar com essa pessoa. Gosta apenas de ouvi-lo, pois seus problemas desaparecem. Não quer dividir tristezas, apenas a felicidade que ele te dá sem cobrar nada.

No dia em que não escuta a risada dele, um desconforto toma de conta de seus pensamentos. Não importa a tormenta que sua vida estiver passando, nem seu humor inconstante, as incertezas que aparecem no caminho, ele estará presente em todos os momentos. Afinal, de quem será que falo? Simples, amigos. Uma das mais sublimes forma de amor. Eu encontrei um em especial, em meio de tantos. E você? Já encontrou o seu?

Fique rico no capitalismo amoroso


Meus caros amigos. Cada vez mais ligado nessa coisa chamada internet, pretendo em breve, fazer o registro do site: http://www.vontadedoidadetever.com.br/, esse link tem a intenção de abrir portas além da Word Wide Web, com serviços de GPS, previsão de tempo atualizada, farmácia online, identificador de celulares desligados, entre outros serviços que minarão qualquer possibilidade da “desculpinha esfarrapada” da pessoa amada. Ela não vai resistir.


Procuro sócios para esse empreendimento emergente, e pode apostar que a lucratividade é certa, afinal de contas, desculpa esfarrapada é igual comida, ninguém vive sem. Vai desde o “Já estou dormindo” (como se dormindo fosse possível elaborar tamanha saída à francesa) até o “está caindo um dilúvio aqui”. Será uma revolução cultural, algo comparável ao buscador Google para estudantes, uma ferramenta!


A partir de agora entraremos na etapa de alimentação do BDD (Banco de Dados de Desculpas), conto com suas colaborações e depois traremos mais informações. Um abraço. À direção.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

NOITES PROMISSORAS

Sabe aquelas noites promissoras onde tudo indica que a garota mais bonita da festa vai ficar com você, que a cerveja desce redondo, que o set list de músicas parece ter sido elaborado a partir de suas próprias idéias e que o tempo não existe? Pois é, caí numa peça pregada por esse tipo de noite com bom prognóstico. Comecei a noite na melhor mesa, na melhor companhia, na melhor cerveja e no melhor repertório, quanto a isso não preciso entrar em pormenores para não ser redundante e chatear algumas pessoas.
Vamos ao que realmente interessa, aos fatos ocorridos posteriormente. A certa altura da noite escapo por um passo de uma grande confusão daquelas de varrer o salão e parar a música. Gladiadores se enfrentando pelo sei lá o que - mas, ufa escapei- nada mal né? Me deparo com um sujeito sentado e assoprando uma gaita solitariamente sem nexo nenhum e não sendo o bastante a produção do descordenado e incômodo barulho afirma que representa o Estado no programa Ídolos (mais um daqueles programas que o Silvio Santos comprou ao estar bêbado), respondi mentalmente: “E o Kiko?” Sem querer me percebi encostado na mesa de alguns conhecidos, que como cowboys detonavam uma garrafa de uísque importado “paraguaiense”.
Acontecido o reencontro e feitas todas as devidas apresentações, hospitaleiramente me ofereceram a bebida a qual foi recusada prontamente, conversa vai, conversa vem, um dos “cowboys” sentindo-se ultrajado pela recusa tenta me forçar a beber, e eu digo: “mulher e bebida até se misturam, têm variedade, mas não descem de qualquer jeito”.