quarta-feira, 18 de abril de 2012

No meio de tanta gente chata, eu encontrei você

Parece música da Marisa Monte, mas é a nossa história. Foi no meio daquela multidão que eu te vi. Estava com aquela blusa verde que nunca mais você usou e beijava um amigo meu. Fingi que não tinha percebido e te puxei pelo braço, tirando você da roda de amigos em que se encontrava e roubei um beijo enquanto as pessoas pulavam a nossa volta. Você ficou assustada e por um minuto pensei que fosse me dar um tapa na cara, e acho que cogitou isso, mas no final retribuiu. Retribuiu com gosto. No fundo musical nada de sinos, tocava um daqueles axés chatos de carnaval. Eu perguntei seu nome, mas não consegui entender direito. Era Carolina ou Carminha? E quando vi, você já tinha sumido no meio da multidão. Virei as costas, achando que nunca mais iria te ver. Quem diria que dois anos depois, estaríamos deitados nessa varanda construindo nossa vida juntos. Bem assim, lado a lado. Mas essa já é outra música.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Os homens que não tinham medo de amar as mulheres




Fiz um trocadalho do carilho (crédito da expressão ao mestre amigo Marcos Vinicius) com o nome do filme “Os homens que não amavam as mulheres” do grande David Fincher.

Rapaz, mas vocês são muito bestas mesmo. Esperto é o meu amigo André, que mal se achamegou com a sua digníssima e já saiu distribuindo, para quem quisesse e para quem não tivesse nem aí, a alegria de ter encontrado a sua metade da maçã. Bem aventurado o cabra, pois não tem vergonha de mandar essa ditadura dos relacionamentos pedra de gelo pro escambal.

Culpa dessas Marie Clarie, VIP, Alpha, Cláudia e o – me perdoem a agressividade – carajo a quatro de revistas que se atrevem a ensinar pros ingênuos como se portar com o cônjuge.

Que fuleiragem!

Mania sem cabimento de dizer que demonstrar afeto é coisa dos fracos. Olhe, tô pra ver sujeito mais valente que meu comparsa de confraria Ulisses. O bicho não quis nem saber e tascou uma homenagem para sua Clara aqui no blog. Queria ser assim, ó.

Admito que não me jogo tanto quanto os chegados que citei aqui. Não é falta de vontade, mas uma questão de jeito mesmo. Pero, bato palmas. São meus heróis.

Um bom namorado deve ser cachorro. Deve aderir aos apelidos carinhosos. Precisa fazer um cafuné 0800. Carece cantar a companheira de dias, meses, anos ou encarnações.

Não custa ressaltar a saudade que sente. Macho sente falta da mulher sim. Vai sentir do quê?

Escrevo para alertar dos perigos escondidos por trás da imagem do cidadão inabalável. Não confie num homem que não se proporciona momentos de dores cotovelais após um pontapé da parceira. Esse hombre é doido ou imbecil.

Sou explosivo no carinho e no carão. Já chorei e já pedi perdão. Me declaro e tento ser original no agrado. Digo que amo e amo do vera. Insisto pra voltar e confesso saudade. Se usted não tem peito pra isso, amigo, estás lascado. Só um sujeito cafajeste é capaz de ser cachorro pra sua mulher sem timidez alguma.

A minha arenga é pelo respeito que devemos aos que se admitem cachorros. Não precisa ser bonachão, daqueles que perturbam a paz da moça. Mas não custa nada fazer uns bons cariños, daqueles que só faz quem ama.

Feliz mesmo era o Sinhorzinho Malta com sua Porcina e mais ninguém!

domingo, 15 de abril de 2012

Assinado eu

Às vezes, em alguns contextos, situações e cenários não conseguimos transcrever, traduzir ou achar o tom para diluir o que há por dentro. Mas aí, vem o artista e essa coisa toda que chamam arte, música e poesia, e torna tudo mais leve e delicado, encurta caminho e, de quebra, adiciona trilha e ritmo. Divido cá com vocês um clipe que, embora sem muito auê, está repleto de sentidos e permite viajar um pouquinho sobre essa coisa que chamam sentimento. Pode até não parecer, mas este post é, sobretudo, uma breve declaração de amor à arte que se dedica, exatamente, a isto.

Com vocês: Assinado eu - Tiê