sábado, 10 de julho de 2010

Diálogos de um sacoleiro da fronteira entre o amor e libertinagem I

Ela me olha, mas tem medo. Sei que ter cara de sacana e é tão perigoso na proporção que atraente.

- Mas você vai lembrar de mim amanhã?
- Nem a pau.
-Ah, você não devia fala assim...
- Tu prefere a mentira?
- ...
- Vamos?
- Tá. No teu carro?
- De quem mais seria?
- ...
- Te amo mais do que ninguém. Hoje.

Às 5 horas da manhã, demos um beijo caloroso. Em seguida, ela ouviu com atenção as orientações de onde o ônibus passa pouco antes de receber os cinco reais. Melhor e último gozo da vida. De lembrança pra mim, deixou um escapulário.

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