sábado, 1 de maio de 2010

eu me rendo

Que todas as minhas forças estejam sempre reunidas para o que é de amor. Que eu seja capaz de me iludir e me decepcionar, para que assim, o mundo acabe e eu me perca por completo. Para que eu ‘desame’, e fique sem chão e teto. E, depois disso, passe a amar novamente, como nunca. Que eu seja capaz de morrer de amor e viver unicamente por ele. Para que eu sinta, em mãos, pele e cabelo, o que realmente vale a pena nessa vida. E que eu continue a amar, hoje e sempre. Que eu me apaixone a cada dia, pelo que é eterno, pelo que é improvável, momentâneo, de pedra ou poesia, simplesmente, porque eu posso. E a amargura de lábios alheios sejam apenas convites para música, e amores partidos, contos de fadas. De mãos dadas com o amor, eu bailo em campos minados, nado por entre tubarões brancos e escalo montanhas de olhos fechados. Que Deus tenha piedade dos que temem entrar nessa dança, dos que se recusam, ou dos que, meramente, não ousam se deixam levar. Isso, porque sou uma romântica - seja das primeiras, décimas ou últimas - e serei até o fim.

2 comentários:

  1. "Sou uma romântica - seja das primeiras, décimas ou últimas - e serei até o fim." - Belas palavras Giselle. Obrigada por compartilhar conosco! É bom saber q posso bailar por campos minados e não estarei sozinha! =*

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  2. Giselle, para mim você elaborou uma espécie de hino-oração desta confraria. Um abraço.

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