segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Olhar

Sempre fui fascinado por olhos, principalmente os de cores sortidas (verdes, azuis, cinzas, castanhos claros, “engateados”, etc). Sobre isso faço uma confissão: Quando criança fiz uma simpatia que me dava direito a três desejos e um deles era mudar a cor dos olhos, bem, nessa época provavelmente eu não entendia bem os meus desejos e desperdicei os três pedidos de direito.

O tempo passou (e como passou) e continuo com estes modestos olhos castanhos escuros, rodeados por cílios compridos e portadores da visão de alguns pôres do Sol. As perspectivas também mudaram com a ajuda do tempo, e considero que este elemento da vida pode nos ajudar a entender que mais importante que a cor dos olhos é o olhar.

São os olhares que atravessam as almas, “transmitem” pensamentos, falam mais do que horas de prosa, unem pessoas, trazem luz a sentimentos, expressam desejos e se eu fosse mesmo um bom escriba arriscaria enumerar e quem sabe até catalogar algumas espécies de olhares.

Há especialmente um tipo, que não sei se sei fazer ou mesmo se o faço, se faço, o faço sem querer, mas sei que sei reconhecer gostaria de lhe dar uma denominação a altura. É aquele acompanhado de um meio sorriso sincero, onde as palavras desejadas e desejantes são pronunciadas mais com os olhos do que com os lábios. Disso, queria nomear o olhar, porque o afeto já aprendi.

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