segunda-feira, 2 de novembro de 2009

NOITES PROMISSORAS

Sabe aquelas noites promissoras onde tudo indica que a garota mais bonita da festa vai ficar com você, que a cerveja desce redondo, que o set list de músicas parece ter sido elaborado a partir de suas próprias idéias e que o tempo não existe? Pois é, caí numa peça pregada por esse tipo de noite com bom prognóstico. Comecei a noite na melhor mesa, na melhor companhia, na melhor cerveja e no melhor repertório, quanto a isso não preciso entrar em pormenores para não ser redundante e chatear algumas pessoas.
Vamos ao que realmente interessa, aos fatos ocorridos posteriormente. A certa altura da noite escapo por um passo de uma grande confusão daquelas de varrer o salão e parar a música. Gladiadores se enfrentando pelo sei lá o que - mas, ufa escapei- nada mal né? Me deparo com um sujeito sentado e assoprando uma gaita solitariamente sem nexo nenhum e não sendo o bastante a produção do descordenado e incômodo barulho afirma que representa o Estado no programa Ídolos (mais um daqueles programas que o Silvio Santos comprou ao estar bêbado), respondi mentalmente: “E o Kiko?” Sem querer me percebi encostado na mesa de alguns conhecidos, que como cowboys detonavam uma garrafa de uísque importado “paraguaiense”.
Acontecido o reencontro e feitas todas as devidas apresentações, hospitaleiramente me ofereceram a bebida a qual foi recusada prontamente, conversa vai, conversa vem, um dos “cowboys” sentindo-se ultrajado pela recusa tenta me forçar a beber, e eu digo: “mulher e bebida até se misturam, têm variedade, mas não descem de qualquer jeito”.

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