sábado, 25 de setembro de 2010

Soneto XXIII Sempre mais que antes


A cada nosso encontro um pouco mais se expande,

Mais pra diante lança a sua última barreira,

O que sinto por ti, que é já bastante grande,

Tendo dimensões como coisa passageira.



Qualquer breve gesto que a circunstância mande,

Qualquer sorriso, qualquer simples brincadeira,

É já razão para que ele mais longe ande,

Mais abrangendo do que a forma derradeira.



Se uma hora acho não poder te amar além

Do que já amo, nem mais, nem com mais fervor,

Que o seu limite, essa minha emoção já tem,

Algo acontece, algo aparece em teu favor,



E o meu amor, em expansões constantes,

Mostra que me engano, sendo sempre mais que antes.



*José Danilo Rangel

2 comentários:

  1. Sempre mais que antes e nunca grande o bastante.



    Abs
    Lene

    ResponderExcluir
  2. Versos alexandrinos num soneto shakespereano pra falar de amor. O mais interessante disso é que, acaba em dísticos mas enaltece a grandeza do sentimento.

    ResponderExcluir