"Se chove, tenho saudades do sol, se faz calor, tenho saudades da chuva".
José Lins do Rego
José Lins do Rego
“O cabra pode ser valente e chora”, canta a pedra o trovador dessa toada. Faz só metade de hora que arrotei não sentir mais nada pela pequena, e cá estou, achando que nessa vida um sorriso não passará de uma lembrança daquelas que ficaram longe que só. Tento mudar as ideias nessa cabeça.
Passo a mão no meu queixo, até notar a trairagem do acaso: aquele fio de cabelo comprido, presente involuntário esquecido no velcro camuflado de barba por fazer. E ela vai crescer ainda mais.
Para não se sentir largado tal qual o dono, convidará para fazer companhia as olheiras, olhos encharcados, nariz vermelho e boca murcha. É como disse o poeta cantador Fagner e faço questão de repetir “o cabra pode ser valente e chora”.
Tento fugir dessa saudade. Briga perdida. Ela está comigo e não larga. É a nota fiscal de um amor sincero que foi. Ou é. Sim, sim... Ele não morre com palavras esquentadas na frigideira da cólera. É preciso o tempo para matar.
Porém, este piadista de gosto duvidoso resolveu andar a passos vagarosos, só pra ver no que dá. E não dá. Eu a magoei. O que na hora parecia questão de vida ou morte, agora nem cabe na gaveta dos “fuleiros e desimportantes sentimentos”.
Ahora, solo mi riesta terminar essa garrafa de tequila com a Saudade. Essa bêbada desagradável vai dormir comigo nesta noite. E pra completar a putaria bacanesca da minha fracassada biografia amorosa, essa minha amante convidará sua parceira de imoralidade rampeira, a Esperança.
Se a amada se foi, fico aqui, nesse inglório ménage à trois com essas duas vadias.
Passo a mão no meu queixo, até notar a trairagem do acaso: aquele fio de cabelo comprido, presente involuntário esquecido no velcro camuflado de barba por fazer. E ela vai crescer ainda mais.
Para não se sentir largado tal qual o dono, convidará para fazer companhia as olheiras, olhos encharcados, nariz vermelho e boca murcha. É como disse o poeta cantador Fagner e faço questão de repetir “o cabra pode ser valente e chora”.
Tento fugir dessa saudade. Briga perdida. Ela está comigo e não larga. É a nota fiscal de um amor sincero que foi. Ou é. Sim, sim... Ele não morre com palavras esquentadas na frigideira da cólera. É preciso o tempo para matar.
Porém, este piadista de gosto duvidoso resolveu andar a passos vagarosos, só pra ver no que dá. E não dá. Eu a magoei. O que na hora parecia questão de vida ou morte, agora nem cabe na gaveta dos “fuleiros e desimportantes sentimentos”.
Ahora, solo mi riesta terminar essa garrafa de tequila com a Saudade. Essa bêbada desagradável vai dormir comigo nesta noite. E pra completar a putaria bacanesca da minha fracassada biografia amorosa, essa minha amante convidará sua parceira de imoralidade rampeira, a Esperança.
Se a amada se foi, fico aqui, nesse inglório ménage à trois com essas duas vadias.
Que putaria mais emocionante!
ResponderExcluir"É preciso o tempo para matar".
ResponderExcluir"Uma vez malandro, sempre malandro..
Esse Helder ..
O título tá de matar .. rs =*
ResponderExcluirGostei.
ResponderExcluirGEnial!! mesmo apelando pro mago Fagner... é isso aew cabra. \o
ResponderExcluirMais uma vez mandou bem. Muito bom o texto.
ResponderExcluirQuando eu crescer, quero escrever textos legais também
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