sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A arte do companheirismo em encontros

Lei é lei, e vice-versa – como já afirmou o famoso jogador de futebol. Leis são feitas para que esse vuco-vuco que é a sociedade se aquiete, pelo menos, um teco. Não, este não um texto sobre os juristas, que antes de qualquer cousa, venho a cá pedir licença, afinal de contas, não se tratam de linhas integralmente precisas. Venho apenas espernear por justiça, meus caros e caras. E seguindo essa linha de ideais, devo dizer que no Regimento Interno dos Lenhadores há uma regra bem clara, que aqui vos reproduzo o caput na integra:

“É dever do cabra macho nunca abandonar seu fiel amigo. Se por acaso a dondoca do chegado estiver com uma amiga, é dever do cidadão de bem fazer o bem e interar o quarteto. A falta de solidariedade nesse tipo de oportunidade é passível de excomunhão do gênero.”


Mas olhe só, de uns tempos pra cá venho notado que a lei (como uma penca dessa, nessa terra brasilis) não tem pegado. “Que absurdo!” – devia exclamar o apresentador de programa televisivo da tarde. Lembro da experiência que tive, onde um amigo vil se negou a tal gesto de nobreza. Cabrão! Disse que havia um casamento para ir e não podia cumprir com suas obrigações. Que me desculpem os puritanos, mas a única justificativa plausível seria se a cerimônia fosse do dito cujo. E olha lá!

Uma animação coletiva dessa espécie não pode ser encarada com tamanho destrato. Sei que os mais desatentos podem pensar que larguei mão do romantismo nesta crônica. Ledo engano. Venho a cá defender a obrigação que cada homem romântico tem de ofertar o benefício da dúvida para esta mulher solitária. Vai que o infeliz encontra a donzela da sua vida? Perdeu pra deixar de ser besta, por conta de um casamento alheio. Essa sim é uma dolorosa pena.

Claro que a mujer em questão pode não ser a Annie Hall. Pode não agradar a visão, pode falar bobagem ou ter caráter duvidoso. Acontece. Não é exigido que o amigo toque pra escanteio os seus critérios mulherísticos. É a coisa do dever em troca do direito, percebes? Em casos assim é tocar a bola pra frente, amigão! Mas tenha a certeza de que agiu do modo correto...

3 comentários:

  1. O cabra tem que ir, nem que fique brincando com os polegares a noite toda. hahaahah

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  2. Muito bom o escrito. Como diria um conhecido: "Tá ducaralho!"

    "Não é exigido que o amigo toque pra escanteio os seus critérios mulherísticos."

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  3. O caboco tem que ir, porque amigo e amigo e fdp e fdp....huahuahua

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