…e acordar sem você, amor, é como não beber água depois de
escovar os dentes. Como esperar aquele ônibus há horas e perceber que ele não
vai parar porque ta lotado. É como precisar daquele abraço apertado e só ganhar
um aperto de mão e dois beijinhos no rosto (um em cada lado). É como dirigir um
carro de marchas na contra mão. É como tentar andar de costas e de olhos
fechados na tua direção.
Não te ter ao lado ao despertar, entorpecida de você, é como
ouvir uma música bonita só com um lado do fone de ouvido. Como andar no sol
quente sem óculos, desprotegido. É como esperar o sinal vermelho abrir. É como
sujar os sapatos recém engraxados. É como se preparar para um dia de sol e ver
que o tempo ta nublado.
É que não ter seus olhinhos pequenos e brilhantes, logo
depois de me deslumbrar contigo, me agonia. Eu não quero te dizer o que guardo
aqui dentro. Não quero te contar que você faz essa falta que machuca,
estraçalha e bagunça mais ainda a minha sutil insanidade. Não quero te contar a
vontade que tenho de mexer novamente em teus cachos. De enrolar meus dedos por
entre eles e adormecer contigo deitado de cabeça para baixo.
Mas deixa eu voltar a dormir agora, amor. Porque amanhã vai
ser difícil admitir que hoje você me encheu de saudades. Vai ser árduo perceber
que nenhum tempo é bom o bastante ao teu lado.
Adorei o blog!!! Sensibilidade pura poesia na veia!!! Continuem assim!!!
ResponderExcluirDeixo meu espaço para conhecerem:
http://poesiasdepietra.blogspot.com.br/
Abraços!!!