sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Nenhum, nem outro*

Certa vez, eu disse:
Ele é de verso.
Eu sou de prosa.

Ele é das estrelas.
Eu sou da lua.

Ele é do sal.
Eu sou do açúcar.

E hoje, observo, assim, discreta:

O que é mesmo verso e prosa?

É que as manhãs têm ficado cada vez mais estreladas,
E a lua inventando fases que eu nem queria ter...

E que doce é esse que eu, uma formiguinha segura, nunca experimentei?

*das palavras perdidas que a gente encontra perambulando nas gavetas do esquecimento, assim, meio sem por quê - e que nunca foram entregues.

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