quarta-feira, 9 de julho de 2014
Sonhar...
domingo, 21 de outubro de 2012
Com todo o amor
Nem quero ser
terça-feira, 17 de julho de 2012
Tanto

Quero todo dia
Sua companhia
Ter a sua voz
Ao pé do ouvido
Ter o seu olhar dentro do meu
Esse amor constante vivido
Por você e eu.
Te amo tanto é o que vou dizer
Com os seus dedos entre os meus
Quero acordar e dormir vendo você
E nunca mais ter que dizer adeus.
Thaís Carvalho
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Um bom motivo

Já não escrevo tanto assim
Não por falta de palavras
Ou mesmo inspiração
Se não escrevo como antes
É por falta de tempo
Não por falta de paixão.
É que o tempo anda escasso
E o que me sobra eu passo
Sem reservas com meu bem
Se não escrevo poesia
Não é por falta de amor
Nem de alegria
É por culpa de alguém
Que me ocupa os pensamentos
Preenche o coração
Alimenta meu sorriso
Já não tenho mais tempo
Perdoem o meu sumiço
Essa vida de correria
Entendam e relevem
Melhor ainda que escrever
É viver... Viver a poesia.
Thaís Carvalho
sábado, 29 de outubro de 2011
Sentir Saudade
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Segredo
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Sentir...

terça-feira, 19 de julho de 2011
Malinculia*

De Antonino Sales
É um suspiro maguado
Qui nace no coração!
É o grito safucado
Duma sôdade iscundida
Qui nos fala do passado
Sem se torná cunhicida!
É aquilo qui se sente
Sem se pudê ispricá!
Qui fala dentro da gente
Mas qui não diz onde istá!
Malinculia é tristeza
Misturada cum paxão,
Vibrando na furtaleza
Das corda do coração!
Malinculia é qui nem
Um caminho bem diserto
Onde não passa ninguém...
Mas nem purisso, bem perto,
Uma voz misteriosa
Relata munto baxinho
Umas históra sôdosa,
Cheias de amô e carinho!
Seu moço, malinculia
É a luz isbranquiçada
Dos ano qui se passou...
É ternura... é aligria...
É uma frô prêfumada
Mudando sempre de cô!
Às vez ela vem na prece
Qui a gente reza sósinho.
Outras vez ela aparece
No canto dum passarinho,
Numa lembrança apagada,
No rumance dum amô,
Numa coisa já passada,
Num sonho qui se afindou!
A tá da malinculia
Não tem casa onde morá...
.........................
Ela véve noite e dia
Os coração a rondá!...
.........................
Não tem corpo, não tem arma,
Não é home nem muié...
.........................
E ninguém lhe bate parma
Pru causo de sê quem é!
.........................
Ela se isconde num bêjo
Qui foi dado ha muntos ano...
Malinculia é desejo,
É cinza de disingano,
Malinculia é amô
Pulo tempo sipurtado,
Malinculia é a dô
Qui o home sofre calado
Quando lhe vem à lembrança
Passages de sua vida...
.........................
Juras de amô... isperança...
Na mucidade colhida!
.........................
É tudo o qui pode havê
Guardado num coração!
.........................
É uma históra qui se lê
Sem forma de ispricação!
.........................
Pruquê inda vai nacê
O home, ou mêrmo a muié,
Capacitado a dizê
.........................
Malinculia o qui é!!!
domingo, 19 de dezembro de 2010
A Ponte

As cicatrizes já não doem, nem mesmo em tempos frios. Se às vezes lembro que existem, o sorriso diminui nos lábios por pouquíssimos segundos. Não mais que isso.
As palavras que por toda uma vida se calaram comigo ferem menos do que as que usei para magoar (mesmo que sem perceber) outras pessoas. É um fato com o qual convivo bem.
Não sou do tipo de pessoa que se arrepende só do que não fez. Na realidade carrego um certo orgulho de muitas coisas que evitei.
Assim como tenho certa angústia de lembrar do que poderia ter feito diferente também carrego a tranqüilidade das coisas boas que conquistei ao longo do tempo.
Já sofri decepções como todo mundo nessa vida. Também já provoquei infelizmente sofrimento em outros.
Já desconfiei de pessoas que mais tarde aprendi que podia confiar. E, infelizmente, também já confiei muito em outros que aprendi, a duras penas, que era necessário duvidar.
Não há nenhuma façanha em tudo isso. Passamos, cada um a seu momento, por situações semelhantes. Mas, a grandiosidade de se abrir os olhos para um novo dia e encher os pulmões de ar me faz ver que é muito bom estar viva para escrever.
Um dia ainda conto a história da ponte pra você. Ou talvez não. Na realidade era um pensamento fruto de uma mágoa que um dia tive.
Quer mesmo saber? ...
Bem, a ponte nem mesmo existe, só que aqui, na minha imaginação, era bem alta, sem cordas pra se segurar, balançando sobre um precipício.
Altíssima, estreita, comprida e completamente insegura - eu jamais ousaria passar sozinha por ela! Mas, por diversas vezes me ofereceram a mão para me acompanhar até o outro lado. Quando dei por mim, estava lá bem no meio da ponte... e sozinha.
Sei que parece triste. Só que eis que aparece você, segura firme minha mão e me ajuda a equilibrar. E ainda agora estamos passando pelas inseguranças dessa ponte. Ela às vezes parece uma aventura perigosa, mas com você ao meu lado conquistei essa certa coragem. Acho que isso me basta para enfrentar o medo e sorrir. E só precisamos continuar de mãos dadas assim.
domingo, 28 de novembro de 2010
Chuva Fina

Era um dia cinza e frio. Entrei no ônibus e sentei-me num daqueles bancos altos, sozinho. Fiquei olhando pela janela a chuva fina molhar a cidade toda aos poucos, sem pressa. Duas moças sentaram-se à minha frente e uma delas ouvia passiva a outra relatar suas dores de um amor distante.
O que mais me cativou não foi a história da moça em si, e sim a pergunta que ela fazia para si mesma em voz alta: ‘Como é possível sentir saudade de um beijo que nunca ganhei?’ Naquele momento me senti tentado a corrigi-la. Quis dizer que havia um equívoco na pergunta. Ela deveria dizer que desejava muito o beijo, pois não haveria como sentir saudade do que não viveu.
Ainda bem que não disse nada a ela, pois o equivocado certamente era eu. Afinal de contas o sentimento era dela, ninguém melhor do que ela para descrevê-lo (ou mesmo questioná-lo). Visto que a amiga apenas sorriu, provavelmente a julgando tola, ela se calou. Eu também me calei. Na realidade, nem estava falando. Mas calei o pensamento.
Pude entender que ela realmente devia sentir saudade. Olhei para fora e percebi que a rua estava completamente molhada, mas a chuva continuava fina. Sem pressa, como tudo nessa vida necessitava ser. Desci duas paradas depois da que eu deveria descer. O pensamento de ter saudade do que não vivi tomou conta de mim de tal forma que já nem sabia direito pra onde estava indo antes. Só que agora eu já sabia onde queria chegar.
Thais Carvalho
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
A gente nunca esquece...
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Amanhecer

Sabe quando a gente perde a direção
Quando os amores já não são mais tão amáveis
E o que passou, desceu rasgando sem piedade
E você pensa, você jura
Nunca mais fazer o mesmo, nunca mais acreditar
E cada novo amor parece espelho do passado
Refletindo cada erro, repetindo cada cena
Sem pausar
E você quer seguir em frente
Reescrever a tua história
Outra vez, ainda mais
Mas te parece que os reflexos to passado
Viram fantasmas sempre prontos
Predispostos a tirar a sua paz
E cada um tem um palpite, uma receita milagrosa
Que te tire desse quarto escuro,
E te liberte dessa dor
Mas, de tudo que já ouvi
Nada mais duro e verdadeiro
Do que o que alguém
Essa semana me falou:
‘Ergue a cabeça, olha pra frente
Que o passado...
Esse... já passou.’
Tanta coisa aconteceu enquanto eu dormia
Mas agora abro a janela
E posso ver com clareza
Que já é dia.
Thaís Carvalho
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Abraço
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sexta-feira, 9 de julho de 2010
Epitáfio

quarta-feira, 23 de junho de 2010
Escolha

sábado, 5 de junho de 2010
Isso é tudo

segunda-feira, 24 de maio de 2010
Palavras não ditas

Pelas palavras que ainda surgirão
Promessas de amor ou rompantes de razão
Já não se sabe mais o que pronunciar
Cada palavra pensada
É outra deixada no ar
Pelas palavras que ainda não balbuciei
As que esqueci, as que escondi, as que 'inda hei
De um dia quem sabe revelar...
A todas elas... por todas elas...
Espero o tempo correto, exato
Pra falar... ou então...
Calar se for preciso
Num olhar, numa lágrima
Ou, melhor ainda... num sorriso.
Thais Carvalho
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Ela/Ele - Sandy
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Independente de curtir ou não esse estilo musical, vale a pena ler a letra dessa música. Eu a conheci, ouvindo agora há pouco no site da rádio UOL. E gostei da melodia também.
Ele via o mundo
Viam sob a mesma luz
Isso é tudo
E era tudo
Que havia
Entre os dois em comum
Se conheceram
No inverno de 2002
No vento um prelúdio
Do que viria depois
O frio desculpa se fez
Pra ele estender seu casaco
Nos ombros dela
O inverno então se desfez
Quando ela em troca
Lhe deu com o olhar um abraço
Ele era um aspirante a poeta
Ela era inspiração
E pra ele qualquer coisa nela
Despertava uma canção
Ela que sempre buscava
Em tudo um porque
Com ele bastava
Estar, sentir e viver
O tempo voava pros dois
E nem todo o tempo do mundo
Seria o bastante
Os dias
Vividos a dois
Provavam que a eternidade
É só um instante
Ela já quis ser de tudo
E até sonhou
Em ser piloto de avião
Finalmente alcançou o céu
No instante em que ele lhe pediu a mão
Três letras
Ela respondeu
E a mais linda música
Se transformou sua voz
Enfim não haveria mais
Qualquer cabimento de vida
Vivido a sós.
domingo, 25 de abril de 2010
Cumplicidade

Não eram do tipo de casal que chamasse a atenção. Nem tinham tal pretensão. Viviam “na deles”. Tinham um sorriso no rosto, não de euforia, mas de tranqüilidade. Não se via demonstrações efusivas de afeto, apenas um caminhar de mãos dadas, um afago nos cabelos, um modesto selinho. Os amigos até apostavam no término do namoro. Não há paixão – diziam eles – não há rompantes, não brigam, logo concluíam: não há amor. Os namorados chegaram a saber desses rumores a respeito do seu relacionamento. Ele achou engraçado os outros estarem discutindo sua vida amorosa. Ela não se agradou muito da idéia. Será que falta de brigas significava falta de amor? Não que ela duvidasse do amor que sentiam, pelo menos não até aquele momento.
Tudo isso eles conversaram. E, enquanto os outros estavam certos de que era o fim, eles chegavam à conclusão que era um grande baboseira essa história de brigas ser termômetro para o amor. Não é que indiferença seja sinônimo de romantismo. Isso não. Só que eles nunca eram indiferentes um ao outro. Pelo contrário, era aquele sorriso tranqüilo que carregavam a prova maior da cumplicidade entre eles. O tempo que gastavam juntos, conversando horas, ou simplesmente calados, olhando o dia passar... o entrelaçar dos dedos no dar as mãos...
E para os que diziam que não havia paixão... é porque nunca prestaram atenção no jeito como eles se olhavam! Porque eles realmente se olhavam! E, o que é melhor: se enxergavam.