quarta-feira, 9 de julho de 2014
Sonhar...
terça-feira, 17 de julho de 2012
Tanto

Quero todo dia
Sua companhia
Ter a sua voz
Ao pé do ouvido
Ter o seu olhar dentro do meu
Esse amor constante vivido
Por você e eu.
Te amo tanto é o que vou dizer
Com os seus dedos entre os meus
Quero acordar e dormir vendo você
E nunca mais ter que dizer adeus.
Thaís Carvalho
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Lençol
Ela queria se apaixonar porque o amor é assim, é uma questão de querer. Ficava horas isolada ouvindo seus pensamentos, e não precisava muito para convencer seu coração a entrar de encontro com essa querência.
sábado, 29 de outubro de 2011
Sentir Saudade
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Segredo
terça-feira, 19 de julho de 2011
Malinculia*

De Antonino Sales
É um suspiro maguado
Qui nace no coração!
É o grito safucado
Duma sôdade iscundida
Qui nos fala do passado
Sem se torná cunhicida!
É aquilo qui se sente
Sem se pudê ispricá!
Qui fala dentro da gente
Mas qui não diz onde istá!
Malinculia é tristeza
Misturada cum paxão,
Vibrando na furtaleza
Das corda do coração!
Malinculia é qui nem
Um caminho bem diserto
Onde não passa ninguém...
Mas nem purisso, bem perto,
Uma voz misteriosa
Relata munto baxinho
Umas históra sôdosa,
Cheias de amô e carinho!
Seu moço, malinculia
É a luz isbranquiçada
Dos ano qui se passou...
É ternura... é aligria...
É uma frô prêfumada
Mudando sempre de cô!
Às vez ela vem na prece
Qui a gente reza sósinho.
Outras vez ela aparece
No canto dum passarinho,
Numa lembrança apagada,
No rumance dum amô,
Numa coisa já passada,
Num sonho qui se afindou!
A tá da malinculia
Não tem casa onde morá...
.........................
Ela véve noite e dia
Os coração a rondá!...
.........................
Não tem corpo, não tem arma,
Não é home nem muié...
.........................
E ninguém lhe bate parma
Pru causo de sê quem é!
.........................
Ela se isconde num bêjo
Qui foi dado ha muntos ano...
Malinculia é desejo,
É cinza de disingano,
Malinculia é amô
Pulo tempo sipurtado,
Malinculia é a dô
Qui o home sofre calado
Quando lhe vem à lembrança
Passages de sua vida...
.........................
Juras de amô... isperança...
Na mucidade colhida!
.........................
É tudo o qui pode havê
Guardado num coração!
.........................
É uma históra qui se lê
Sem forma de ispricação!
.........................
Pruquê inda vai nacê
O home, ou mêrmo a muié,
Capacitado a dizê
.........................
Malinculia o qui é!!!
domingo, 28 de novembro de 2010
Chuva Fina

Era um dia cinza e frio. Entrei no ônibus e sentei-me num daqueles bancos altos, sozinho. Fiquei olhando pela janela a chuva fina molhar a cidade toda aos poucos, sem pressa. Duas moças sentaram-se à minha frente e uma delas ouvia passiva a outra relatar suas dores de um amor distante.
O que mais me cativou não foi a história da moça em si, e sim a pergunta que ela fazia para si mesma em voz alta: ‘Como é possível sentir saudade de um beijo que nunca ganhei?’ Naquele momento me senti tentado a corrigi-la. Quis dizer que havia um equívoco na pergunta. Ela deveria dizer que desejava muito o beijo, pois não haveria como sentir saudade do que não viveu.
Ainda bem que não disse nada a ela, pois o equivocado certamente era eu. Afinal de contas o sentimento era dela, ninguém melhor do que ela para descrevê-lo (ou mesmo questioná-lo). Visto que a amiga apenas sorriu, provavelmente a julgando tola, ela se calou. Eu também me calei. Na realidade, nem estava falando. Mas calei o pensamento.
Pude entender que ela realmente devia sentir saudade. Olhei para fora e percebi que a rua estava completamente molhada, mas a chuva continuava fina. Sem pressa, como tudo nessa vida necessitava ser. Desci duas paradas depois da que eu deveria descer. O pensamento de ter saudade do que não vivi tomou conta de mim de tal forma que já nem sabia direito pra onde estava indo antes. Só que agora eu já sabia onde queria chegar.
Thais Carvalho
sábado, 17 de abril de 2010
Chuva
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Em vão

Já as procurei
em cada canto do quarto.
Não há nenhuma
que possa definir o que sinto.
E isso não é novidade.
Elas nunca existiram,
só agora eu percebi.
Sempre foram apenas
ilusões auditivas...
Sonhei ouvi-las de ti.
Mas era sonho
E quando acordei
Procurei, fui atrás...
Não estavam aqui
Não estavas mais
Aqui.
domingo, 4 de abril de 2010
Sobre o que era

O que restou não foi amor
O que restou não era pleno
Era somente um plano
De felicidade.
Se te segui sem você ver
Rastreei os teus caminhos
Vasculhei as coisas tuas
Não era dor
Era só curiosidade.
Senti teu cheiro pela rua
E o teu gosto me visitou
Mas não era ciúme
Nem amor.
Era só
Simples e só
Boba saudade.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Mais uma de amor...
Mas, pobre daqueles que não acreditam no amor. Estes, nunca conhecerão o paraíso para qual o amor nos leva, afinal, para se amar e se entregar ao amor, é preciso, antes de tudo, acreditar, até perceber que nada, absolutamente nada, faz sentindo sem ter o amor por perto, ou sem saber onde colocar sua fonte de alegrias, força e fé. O amor existe e sempre vai existir em todos os lugares e tempos, e vai resistir, inclusive – embora com muita dor – à distancia de um oceano inteiro.
Eu não ousaria dizer o que é um amor de verdade ou, muito menos, medir intensidades. Mas eu diria que conseguir se desfazer de todas as máscaras e escudos construídos por amores e desamores antigos, perdidos e desperdiçados, já é um bom começo para um novo – realmente novo – e absoluto amor. O amor que eu falo é aquele onde é permitido crescer, errar, aprender, ensinar e desaprender junto. Se existe um paraíso neste mundo, certamente, é o colo do seu amor. Aquele amor que faz chorar simplesmente por um abraço não dado, e que faz de tudo para deixar qualquer desentendimento para a segunda-feira, afinal, o fim de semana tem que ser só de amor, nada de briguinhas na sexta, sabado ou domingo, ok?
terça-feira, 17 de novembro de 2009
In Finito
Um choro contido talvez
Era o último olhar que trocariam
No nada
Era a última vez.
Disfarces
Separações
Mãos na defesa.
Esse era o ponto
O real motivo
Do encontro.
Sob os céus
Taciturnos
Os habitantes
Noturnos
Passavam
E o silêncio
Era denso
E a lágrima
Inevitável.
Tremura
Último olhar
De candura
Era pra ser
Eterno
Ela de verde
Ele de terno
Última sensação
De paz
Completos
Por pouco tempo
A mais.
Badalou.
Era tarde demais
Era a hora do show
Que não permite
Que não espera
Que não se compadece
O tempo - fera
Que devora a tudo
Que não lhe obedece.
E quantas palavras
Cheias de dor
Proferiam
Nada mais
A dizer
As mãos se tocaram pela última vez
Os olhos se fitaram
No derradeiro segundo
E um singelo ósculo
Não mais que isso
Um leve toque de lábios
Que não permite
Participação alguma
Além da sensação
De finito
Definitivo
Na lembrança eterna
E terna
Um gosto que não poderá
Ser desfeito
Nem o tempo irá desmanchar
Esteja onde estiver
Em qualquer lugar
Sempre um sino irá
Badalar
Trazendo à memória
Aquele momento
Aquela história
Ainda presente.
Totalmente.