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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lençol





  Ela queria se apaixonar porque o amor é assim, é uma questão de querer. Ficava horas isolada ouvindo seus pensamentos, e não precisava muito para convencer seu coração a entrar de encontro com essa querência. 

  Não era capricho. Só quis amá-lo. Não se importou de sentir-se asfixiada ao lembrar do sorriso dele, das mãos que percorriam seu corpo e nem daqueles olhos graúdos que se fechavam quando a beijava à boca. 

  Gostava do coração batendo, entoando sonetos. Gostava dos olhos cheios de saudade, gostava do cheiro da lembrança que a acalmava, de tê-lo em pensamentos todos os dias ao acordar. De ficar com o olhar perdido diante as situações mais inusitadas, dos pequenos deslizes, desastres que cometia quando a mente vagueava em busca dele.

  Naqueles abraços ela se encontrava, encontrava cada pedaço que pensava ter perdido em algumas situações. A tristeza entrava em estado de calefação quando era anunciado um encontro entre aquelas duas almas, a dela, que julgava estar perdida há tempos, com a dele. Ele encontrou o âmago perdido dela. Aos poucos, o interesse dela não era pegar algo que lhe pertencia, mas sim, de vê-lo e estar com ele. Nesses encontros, viu como o ser é transcendente, principalmente quando se ama.

  Queria sentar ao lado dele e contar as coisas que tinha visto, das experiências vividas e observadas, apresentar-lhe suas teorias, mas a vontade quando estava próxima a ele, ultrapassava o desejo de falar e se contentava muito mais em ouvi-lo, de observar cada expressão facial e de apreciar cada brincadeira.

  O cabelo negro espalhado pelo lençol branco da cama, fones de ouvido e os olhos de um castanho profundo perdidos nos pensamentos.Eram dele aqueles sorrisos dados em meio a tormenta da sua vida, dos dias nublados. Gostava de lembrar que já deitou ao lado dele e se entregou, entregou-se como nunca tivera feito antes.


sábado, 29 de outubro de 2011

Sentir Saudade

  Aqueles olhos que nasceram para sorrir, que outrora foram locados pela tristeza, haviam voltado ao seu normal. Alí residia a felicidade.

  Agora ao encontrar-se sozinha já não chorava, apenas sentia um aperto no peito, era saudade. Não daquilo que a feriu, mas dos momentos ternos que fazia morada em sua vida há poucas semanas.
Não concordava com camões: O amor não era fogo que ardia sem se ver. Era mais brando, pacífico, era o descanso da sua alma cansada de perambular pelo mundo. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dos Encontros da Vida




 Aquele encontro tímido. As palavras eram medidas, mas a troca de olhares não era capaz de conter o verdadeiro desejo que se fazia oculto naquele momento.  O tremor tomava conta do corpo dela. Ele era como um corpo fechado, difícil tentar decifrar. O coração da menina batia a cada palavra dita pela boca daquele estranho, afinal era a primeira vez que se viam.

  Quanto mais o tempo passava, menos a garota queria se distanciar dele. Sentia um nó na garganta por estar chegando a hora de partir sem receber um ósculo qualquer. Lembrou da recepção que tivera ao se reconhecerem: abraço demorado. Um aconchego que aliviava a cruz que trazia na alma. Afagou-lhe os cabelos, pretos, desalinhado pelo vento que fizera enquanto procurava pela casa do estranho.

  Nessa procura, suas pernas tremiam, tudo que conseguia externar era um sorriso louco, insano, de saber que encontraria finalmente seu cúmplice de conversas e teorias furadas. A medida que buscava pela casa, sentia também medo. Medo de estar se apaixonando por ele. Não poderia saber jamais. Caminhou calmamente, respiração cada vez mais ofegante.

  Alí estava. Abaixou a cabeça para esconder o riso que escapou ao ver que ele estava a sua espera. Como era alto. Olho-a e a menina se sentiu perdida naquela mirada. Fitou-o e foi correspondida com um longo abraço. Era como uma boneca naqueles braços, pequenina, indefesa, apesar da dor que marcava seu âmago. Entraram e conversaram por horas.
  Ele levou a garota para casa e por fim, chegaram ao destino final, despediram-se amistosamente. Os dois seguiram seus rumos. Mais tarde, ao conversarem, umas 2 da madrugada, o garoto faz a pergunta que gelou a menina:

"Se eu for aí, você me dá um beijo?"

 Confirmou a resposta e em cinco minutos lá estava ele, esperando pelo grande prêmio da noite.

  O beijo aconteceu. O tremor que tomou conta dela anteriormente já não existia. Era perfeito.

Ela o amou.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dimytria III



O sol já desaparecera no horizonte. Todas as cores misturavam-se. O mesmo acontecia com seus sentimentos. Era tão difícil externá-los quando todas as portas do coração estavam fechadas. Queria que fosse simples assim como o laranja se misturava com o vermelho, azul e o branco no céu sobre sua cabeça. Sabia que nada era fácil.

A dor sufoca junto com as lágrimas que não foram derramadas.

Os olhos fecharam.



Foto: Fany

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dimytria II


 Dimytria sentia sua garganta dolorida. Mas não era dos gritos que conseguia externar e sim daqueles internos que outrora prendera para não machucá-lo. Talvez a culpa dessa situação fosse sua pois, quando deveria falar, calou-se. Havia uma possibilidade do que poderia ter dito, tivesse mudado algo.

 Engolia a seco. Prendia suas lágrimas distanciando pensamentos sobre ele. Concentrava-se na sua respiração para não desabar prematuramente. Sabia que a partir de hoje sua vida seria diferente com ou sem ele.

 E quem vai entender o amor? Pode ser que nem exista. Pensava. Agora deitada em seu sofá, sua cabeça cuidadosamente encaixada na almofada. Lágrimas desciam lentamente de seus olhos. Era impossível evitá-las - percebeu.

 Adormeceu ...sem respostas

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dimytria I


Pegou seu celular e começou a ler as mensagens. Parou em uma:

"Te Amo A Lot Of"

Será que era isso mesmo? Porque nada se encaixava no modo como Pedro se comportava agora. Já não era mais aquele cara que roubou o primeiro beijo e que a tomava pelos braços.

A única certeza que tinha era que o amava ainda mais... mesmo depois de dois anos e de tantas mudanças ocorridas. Desconfiava da sinceridade de todos os " TE AMO" ditos por ele

...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

As palavras que não consegui te dizer...

post-it-note


Quando eu disser: Te amo... Pode ter certeza que ele não virá seguido somente por olhos lânguidos e uma cor encarnada em meu rosto.
O meu “Te amo” será acompanhado também de um coração e um corpo que pulsam e te desejam intensamente... Um deseja tua alma e o outro te quer fisicamente.
Minha boca não servirá somente para pronunciar essa declaração. Ela irá querer insistentemente a tua.
Eu não consigo ter somente o meu primeiro e último pensamento voltado a ti... pois todos eles vão ao teu encontro... todos.
Obviamente que até toparia ouvir músicas de mulherzinha com você... Sabe, nem ligo. Mas ao seu lado, seria muito mais prazeroso ouvir Guns, Kansas, Janis Joplin, Led Zeppelin, Queem, Black Sabbath...
Dormir de conchinha não me incomodaria tanto e muito menos me causaria um calor irritante. Não... desde que eu estivesse com você em minha cama.
Jamais deixaria bilhetes com frases floreadas e um “AMO VOCÊ” no final... Meu post it conteria apenas um: “U’re so fucking special” com pingos do café em que eu beberia enquanto rabiscaria essas palavras.
Eu acordo com 70% do meu bom humor, você completaria os 30% para minha total felicidade. Eu não precisaria mais sacanear ninguém para me sentir completa ou satisfeita durante o dia.
O meu aniversário já teria mais graça se você aparecesse... e eu não precisaria ficar resmungando para meio twitter que detesto essa data tão fodida de minha vida. Sério. Você tornaria tudo mais simples e melhor.
Talvez minha TPM não exerceria tanto poder em minha vida se estivéssemos juntos...talvez. De certeza, os sintomas poderiam até diminuir...mas só um pouquinho.
O amor tem dessas coisas, né? Em outros tempos...esperar é uma tarefa impossível. Mas olha, eu estou aqui, com a paciência que nunca tive, te esperando. Acho que você pode considerar essa declaração patética... mas é o que sinto.

domingo, 17 de janeiro de 2010

O que escolho...



Talvez eu não seja a pessoa certa para falar de amor ou coisas do gênero. Palavras me fogem ao falar sobre isso. É difícil. Sou do tipo de pessoa que não demonstra fraquezas, tristezas, raiva ou qualquer emoção parecida. Dou sempre o melhor de mim para qualquer um (Por favor, não sejam ambíguos. hahahhah). Não sou do tipo que pede alguma coisa em troca. O amor deve ser assim, não é? Bom, ao menos essa é minha maneira de ver as coisas.

Uma vez convencida que já não tinha mais coração, conheci alguém. Amei-o, ou melhor, ainda o amo. Entreguei-me e fui fundo no relacionamento. Como qualquer outro. Sou muito intensa em tudo que faço. Não entendo como um sentimento tão simples pode complicar tanto nossas vidas. Mas quem disse que eu me importo? As coisas nunca foram fáceis para mim mesmo.

No dia que amei verdadeiramente alguém que não fosse minha família, vi a diferença de amor e paixão. Paixão como o próprio nome sugere, é algo passageiro, avassalador, não nos permite pensar em nenhum minuto, faz com que nossos pés não encostem no chão, nossos olhos fiquem cegos, ouvidos surdos e nossa boca muda. Quando se ama é algo mais sutil. De forma mais suave, algo mais tímido, mais contido... a razão não se faz presente a todo momento, mas ao menos quando está, permite que pensemos no que fazemos ou no que iremos fazer.

Entre o amor e a paixão, prefiro a primeira opção. Mas quando fiz essa escolha, não foi porque achei que esse sentimento não iria me fazer chorar ou poupar lágrimas, que não iria fazer com que eu sofra ou me descabele menos. Não fiz essa escolha pensando nesses motivos e sim... pelo fato dele durar mais. Ao ponto de todas as raivas, avessos e desencontros serem superados. É eterno. Você ama e ponto final.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Falando de amor...


É mais um papo mulher para mulher, mas não é restrito somente a elas. Você, homem, também poderá sentar e escutar o que tenho a falar. Ok. Vamos começar.

Desde criança, nós meninas somos induzidas a sonhar com o príncipe encantado. Aquele que abre a porta e nos espera passar primeiro, que puxa a cadeira para podermos sentarmos e que nos mande flores. O cara dos sonhos tem que ser alto, ter olhos azuis, loiro, um corpo bem feito, que faça todas as nossas vontades e que aceite nossas ideias sem contestá-las. É como se montássemos um quebra-cabeça de acordo com nossos gostos. Peças perfeitas se encaixam em uma imagem perfeita. Engraçado que nós mulheres, nunca pensamos em um homem feio (vale ressaltar que o conceito de beleza é relativo), mas que seja gentil, educado e inteligente. Sempre achamos que podemos encontrar tais características no maior e mais bonito frasco. Oi, ilusão! O mundo desaba quando vemos que as coisas não funcionam bem dessa forma.

Apaixonamo-nos pelo concreto, o que se pode enxergar e tocar, mas amamos o abstrato, aquela coisa chamada personalidade, que define a essência pessoal de cada um. Não adianta idealizarmos e muito menos montarmos o caráter de quem queremos amar. O amor é mestre na arte de pregar peças em nossos destinos. Ele não existe para cumprir nossas exigências e caprichos. Simplesmente nos ensina a ver além do que nossos olhos podem mostrar.

Não adianta procurar, tentar, forçar ou escolher alguém que tenha os critérios que tanto idealizamos. Às vezes, o príncipe encantado está dentro de qualquer pessoa, alí guardado, esperando que alguém o encontre e não do lado fora, como muitas acreditam. Amor não é escolha, apenas acontece. Não se imagina, se encara. Para ele não importa beleza, classe social e distância. Caminha junto com a razão. E se não caminhar, é porque não é amor. É apenas paixão.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um post romântico...



Você conversa com alguém todos os dias, mas nunca tem contato físico e nem visual. Conversam por msn e às vezes por celular. Aprende a gostar dele. Papos descontraídos rolam até o ponto alto da madrugada. Ele te acalma e faz cada pedaço de seu ser sorrir. Incrível!

Faz pouco tempo que o destino os apresentou, mas é como se vocês se conhecessem desde muito tempo. A distância tinha tudo para ser o maior problema entre os dois, mas isso não ocorreu. Os quilômetros parecem diminuir cada vez que se falam. Você sente a ausência dele e passa até a se preocupar. Começa a perguntar como foi o dia e o que andou fazendo de interessante, não por delicadeza, mas sim por se importar com essa pessoa. Gosta apenas de ouvi-lo, pois seus problemas desaparecem. Não quer dividir tristezas, apenas a felicidade que ele te dá sem cobrar nada.

No dia em que não escuta a risada dele, um desconforto toma de conta de seus pensamentos. Não importa a tormenta que sua vida estiver passando, nem seu humor inconstante, as incertezas que aparecem no caminho, ele estará presente em todos os momentos. Afinal, de quem será que falo? Simples, amigos. Uma das mais sublimes forma de amor. Eu encontrei um em especial, em meio de tantos. E você? Já encontrou o seu?